terça-feira, 24 de janeiro de 2012

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Doce miséria essa tal de cisma...
Como a sua figura me toma com tamanha força? Não me lembro de ter permitido tal acesso. Antes de dormir, ao acordar, em horas descuidosas - e como é bom ser descuidoso...- 
Outro dia, em um lapso tenro de descuido, me vi cruzando com você na praia e você era só atenção. Algo irradiava de dentro para fora de mim impossível de resistir e você tampouco conseguiria. Assim a conversa seguia com toques, charmes, olhares. Conversávamos, nos identificávamos, nos uníamos. Você mexia no meu cabelo, como sempre e eu sorria excessivamente para que me julgasse perfeita. E quando nos beijávamos parecia que a galáxia havia resolvido brincar de "estátua"... Nada se movia além de nós.

Um lapso. Um momento irresponsável do meu dia.
... e as vezes esses lapsos se estendem e viram lapsos tortuosos e torturantes. Malditos. E ninguém quer ser maldito... Então eu tento pensar em coisas cotidianas, e realmente me ocupo delas enquanto aguardo ansiosa a próxima distração do raciocínio.