quarta-feira, 30 de julho de 2014

te caço em mim e
te acho no meu sangue
no meu tem o seu 
geram infinitas sinapses
e me corroem até o osso
preciso cravar uma agulha
na ponta do meu dedo e
deixar escorrer 
minha liberdade descansa
na centésima gota 

segunda-feira, 28 de julho de 2014

coração
engasgado no vão
entre a areia
e a arrebentação 

domingo, 13 de julho de 2014

eu longe de mim
você longe de si
como nos encontrar?

quarta-feira, 9 de julho de 2014

o pescador migra
de pedra em pedra
com uma vara e um boné
a praticar a filosofia
do silêncio que atrai
seu sustento
assim ele vive farto:
barriga cheia
ideias claras
bronzeado em dia
se afogou 
em meu sangue
quente

morreu em 
mim
movediçamente